Houve uma queda de 88%, em comparação com maio de 2008, quando a devastação alcançou 1.096 quilômetros quadrados.
A área observada livre de cobertura de nuvens no mês de maio correspondeu a 38% da Amazônia Legal. Do total detectado pelo Deter, 61 quilômetros quadrados estão no Mato Grosso, que em maio foi o Estado que apresentou melhor oportunidade de observação. Estados como o Amapá, Pará, Amazonas e Acre não puderam ser monitorados adequadamente, pois tiveram um alto índice de cobertura de nuvens no período.
De acordo com relatórios, os outros Estados que contribuíram para o desmatamento da região foram Tocantins (4,82 quilômetros quadrados), Pará (10,58 quilômetros quadrados), Rondônia (11,78 quilômetros quadrados), Maranhão (17,63 quilômetros quadrados) e Roraima (17,72 quilômetros quadrados).
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e também da resolução dos satélites, os dados do Deter não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. A informação sobre áreas serve para indicar prioridades aos órgãos responsáveis pela fiscalização.
De agora até o mês de agosto as chuvas reduzem na região amazônica, historicamente, o período é marcado pelo aumento no ritmo do desmatamento. Por isso, o Ibama promete reforçar a fiscalização. Das 300 operações previstas para este ano até agora foram realizadas 103.
A qualificação amostral dos dados do Deter mostra que 96,4% dos alertas de maio foram confirmados como desmatamento. Deste total, 69,3% foram classificados como corte raso e 27,1%, como floresta degradada. Assim, apenas 3,6% dos alertas avaliados não apresentaram indícios de desmatamento.
O relatório de avaliação também indica que, em maio, 82% dos alertas tinham área maior que um quilômetro quadrado (100 hectares). As maiores áreas detectadas corresponderam aos desmatamentos por corte raso (500 a 1000 hectares).