No acumulado do segundo trimestre, o índice ficou em 1,12%, abaixo do mesmo trimestre de 2011 (1,71%). Considerando os últimos 12 meses, o IPCA-15 está 5% abaixo do período anterior.
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De acordo com análise do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta, dia 21, os dados, ainda que tímida, a alta dos preços para os alimentos reflete o período de menor oferta de alguns produtos. Por conta dos fatores climáticos, houve redução de safra de alguns itens, que tiveram disparada nas cotações. É o caso do tomate (19,48%), da cebola (16,22%), da batata inglesa (6,70%), das hortaliças (3,29%), do óleo de soja (3,20%) e do arroz (2,02%).
Excluindo-se educação, que, em geral, apresenta relativa estabilidade após o reajuste sazonal de cada ano, nos demais grupos foram registrados resultados bem abaixo dos verificados em maio, situando os não alimentícios em 0,04%, significativamente abaixo da taxa de 0,48% do mês anterior. A seguir, encontram-se os grupos de produtos e serviços pesquisados.
Segundo o IBGE, em consequência das baixas cotações da cana-de-açúcar, o etanol teve redução de -1,51%, contribuindo para o recuo em outro grupo avaliado na composição do IPCA-15, o de Transportes. Com variação de -0,77%, o setor foi o que mais fortaleceu a redução do índice em junho, na comparação com maio. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também estimulou a baixa do grupo, já que automóveis novos caíram em 3,50%.
>>>> Outros itens que registraram queda: gasolina (-0,37%), mobiliário (-0,65%), telefone fixo (-0,54%), gás de botijão (-0,42%) e cigarro (-0,72%).
>>>> Outros itens que registraram alta: aluguel residencial (0,68%), refeição em restaurante (0,57%) e taxa de água e esgoto (2,26%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de maio 13 junho de 2012 e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 14 de maio de 2012. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.