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REPERCUSSÃO

Leilão de arroz é alvo de críticas de setor produtivo

Antônio da Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), criticou a medida do governo federal

cultivar arroz irrigado em lavoura, grãos e panícula
Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa Clima Temperado

Nesta quarta-feira (29), a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) reforçou que não há risco de falta de arroz no mercado interno, mesmo com as enchentes no estado.

A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) informou que se pronunciará sobre o tema até sexta-feira.

Antônio da Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), criticou a medida, chamando-a de mais um episódio de interferência governamental que, segundo ele, pode causar pânico e aumentar os preços no Mercosul.

Da Luz afirmou que não há especuladores no mercado do arroz e que a produção e importação atuais são suficientes para atender a demanda nacional, considerando uma produção de 10,5 milhões de toneladas e importação de 1 milhão de toneladas do Mercosul.

Além disso, da Luz destacou que a importação de arroz de fora do Mercosul trará produtos de qualidade inferior e que a intervenção do governo em tabelar preços poderá prejudicar a produção interna e a indústria. Ele também mencionou que medidas judiciais estão sendo consideradas para contestar a medida provisória do governo.

O ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e deputado federal Alceu Moreira também criticou a importação de arroz, argumentando que a medida prejudica a cadeia produtiva do arroz no Rio Grande do Sul e que os produtores locais estão mobilizados para ajudar na recuperação pós-enchente, sem necessidade de interferência governamental.

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