Para estimar o potencial da área, a ANP contratou a consultoria Gaffney Cline, que elaborou até o momento dois cenários. Segundo o presidente da ANP, Haroldo Lima, o cenário moderado aponta 7,9 bilhões de barris e o otimista, um volume de 16 bilhões. Se for confirmado que se trata de óleo recuperável ? Lima não deu detalhes ?, será a maior descoberta já feita até agora na região do pré-sal. Óleo recuperável é o que pode ser retirado da jazida. A maior, por enquanto, é a área de Tupi, cujas reservas estimadas são de 5 bilhões a 8 bilhões de barris. A perfuração do poço no local está sendo conduzida pela ANP em parceria com a Petrobras.
? Minha expectativa é que amanhã (hoje) teremos novidades ? afirmou Lima, após cerimônia no Rio que comemorou o início da produção de petróleo na plataforma Cidade Angra dos Reis, instalada na área de Tupi.
Segundo a Agência Estado, fontes indicaram que o anúncio da ANP deverá ficar entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris. O cenário moderado feito pela consultoria é considerado cauteloso, pois levaria em conta que só 13% do petróleo na área de Libra pode ser recuperado. Ou seja, o campo teria, ao todo, 60 bilhões de barris no subsolo, dos quais 7,9 bilhões poderiam ser retirados. A Petrobras, porém, trabalha com fator de recuperação entre 20% e 25% para as suas descobertas no pré-sal, como Tupi.
Embora o poço esteja sendo perfurado com apoio técnico da Petrobras, o reservatório de Libra é da União ? ou seja, não está em nenhuma área concedida como bloco exploratório de petróleo. O objetivo do governo seria incluir Libra na primeira licitação de contratos de partilha para o pré-sal, caso o novo marco regulatório seja aprovado na Câmara. Nesse caso, a Petrobras operararia a área com participação mínima de 30% no consórcio.
Questionado sobre a possibilidade de operar as reservas, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que ainda é cedo para comentar:
? Libra é uma área que pertence ao país. Não podemos saber ainda o que a União vai fazer