No primeiro semestre deste ano, as importações foram 36,7% abaixo de igual período de 2010. As estimativas feitas no início do ano pelo IABr são de queda de 42% das importações, por causa do elevado nível de estoques no país. As compras no exterior devem ficar em 3,4 milhões de toneladas.
Lopes disse nesta quinta, dia 4, que a queda poderá ser maior, levando em conta os efeitos das medidas da nova política industrial, “o que é muito bom”. Ele salientou, em especial, o acordo para estabelecer uma alíquota mínima do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) de 2% a 4%, “importante para acabar com a guerra fiscal”.
Outra medida bem-vinda é a mudança do escopo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que fará com que o órgão, subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, “saia do eixo saúde, meio ambiente e segurança, para fazer verificação de conformidade dos produtos importados”, disse Lopes.
Segundo ele, apesar de o setor siderúrgico não ter obtido ganhos específicos com a nova política industrial, os clientes intensivos em aço, como os setores automotivo e de autopeças, foram beneficiados. Isso repercute de modo favorável sobre a siderurgia que enfrenta uma folga de 50% da capacidade de produção.
As projeções iniciais feitas pelo IABr para 2011 incluem crescimento da produção de aço bruto de 19% em comparação ao ano passado, somando 39,4 milhões de toneladas. As vendas no mercado doméstico deverão aumentar 18%, com 24,5 milhões de toneladas. Para as exportações, a estimativa é expansão de 42%, atingindo 12,8 milhões de toneladas.