Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

CENÁRIO

Mercado brasileiro do arroz vislumbra um 2024 histórico

Com projeções de câmbio variando entre R$ 4,80 e R$ 5 para 2024, um dos grandes desafios será em relação às exportações de arroz

cultivar arroz irrigado em lavoura, grãos e panícula
Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa Clima Temperado

O início do ano marca um período de calmaria no mercado de arroz, com os preços permanecendo nominalmente estáveis.

Este cenário é reflexo dos recessos, com muitas empresas ainda em férias coletivas, resultando em uma movimentação limitada no setor.

As informações são do analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Neste contexto, os agricultores concentram seus esforços nas lavouras, aguardando condições mais propícias antes de retomar as atividades de comercialização.

Entretanto, a valorização excessiva dos indicativos de preços gera incertezas entre as indústrias, que se preparam para retomar as operações após as pausas estratégicas do final do ano.

A decisão de adquirir matéria-prima torna-se crucial diante das cotações elevadas, provocando questionamentos sobre a sustentabilidade do mercado no atual cenário.

A dúvida persiste sobre até quando o mercado será capaz de sustentar esses valores.

E a expectativa por uma safra satisfatória adiciona mais um elemento de incerteza ao cenário inicial de 2024 para gestores de indústrias, varejo e outros participantes do mercado.

Tendência de preços firmes no mercado do arroz

A tendência de preços firmes para o ano de 2024 já é uma realidade consolidada. Estima-se uma potencial redução nos indicativos apenas durante o pico da colheita da safra nacional, em meados de março e abril, bem como o aumento previsto nos volumes do cereal importado do Mercosul.

Contudo, enfrentaremos desafios significativos no que diz respeito às exportações do cereal.

Com projeções de câmbio variando entre R$ 4,80 e R$ 5 para 2024, um dos grandes desafios será em relação às exportações do cereal. Em um cenário de supervalorização dos preços domésticos e um dólar pouco favorável às vendas externas, a recuperação de importantes compradores da América Central e Caribe, bem como vizinhos como a Venezuela, será uma tarefa árdua.

Nessa situação, os quebrados podem ressurgir como protagonistas, assegurando volumes significativos de exportação para a África Ocidental e Europa.

Período de entressafra

Entrando no período de entressafra, a tendência é de preços elevados no segundo semestre de 2024, onde os preços podem revelar novas surpresas. Iniciando a temporada com os menores estoques em quase duas décadas (em torno de 700 mil toneladas), apesar de um incremento moderado no volume da safra 2023/24 (estimada em 10,66 milhões de toneladas), o panorama não deve ser tão distinto da temporada anterior, onde o aperto de oferta foi constante.

Neste contexto, o pico da entressafra desta nova temporada deverá evidenciar a postura renovada dos orizicultores. Com um custo total de produção estimado em cerca de R$ 98,00 por saca de 50 quilos (conforme último levantamento do Irga), eles encontram-se agora capitalizados após margens satisfatórias. Surgem como formadores de preços e deverão ditar o ritmo do mercado enquanto redirecionam seu foco para as lavouras. Sendo assim, com preços ainda mais atrativos, a cultura está propensa a recuperar áreas que antes eram dedicadas a commodities mais lucrativas, buscando estabelecer um equilíbrio promissor para a temporada comercial futura.

Sair da versão mobile