Para o presidente da ACGNV, Ivo Petras Konell, a queda média no faturamento das empresas foi de 50% neste período. Ele defende que somente a intervenção do governo para garantir uma redução no preço do GNV nas bombas poderá impedir que outras empresas encerrem as atividades. Por enquanto, a SCGÁS descarta qualquer redução.
O presidente do Sindicato dos postos de gasolina de Florianópolis, Alexandre Carioni, diz que hoje o álcool já é o combustível que mais vende nos postos da Capital, diante do crescente número de carros flex (bicombustíveis). O cenário, afirma, tem desestimulado o investimento em novos postos de GNV na região.
Entre as empresas de conversão de Florianópolis, onde o serviço fica na média de R$ 2,5 mil, o momento é de pouco otimismo. Proprietário da Mecânica 2.0, Antônio Adelar Batista de Souza, diz que a média mensal de conversões em 2008 era de 20 carros, mas em dezembro foram atendidos apenas quatro clientes. Ele reclama da presença de oficinas não certificadas no mercado, que proporcionam serviços de conversão com qualidade questionável.
? São trabalhos que, diante dos problemas que provocam, acabam afastando novos clientes do mercado.
Rendimento de 20% acima da gasolina
Na Oficina Club Car, o proprietário Aurélio Lauro Carvalho também aponta uma queda na demanda. Ele diz que recebia entre oito e 10 consultas diárias para a realização da conversão. Nos últimos meses, o número caiu para a média de duas consultas por dia. Para tentar reverter a situação, ele reforça o discurso de rendimento do combustível limpo. Ele defende que o GNV rende 20% a mais que a gasolina comum.
? Um carro popular que faz 10 quilômetros com gasolina, faz apenas sete com álcool e pelo menos 12 com GNV ? exemplifica.
Na GNV Mecânica Automotiva, o proprietário Ronaldo Porcincula diz que tem conseguido manter a média de 10 conversões por mês. A exceção foi dezembro, quando converteu apenas um carro, mas ele acredita que o período de festas justifique a queda no mês.