Ele acredita que a vitivinicultura ajuda a gerar renda para os municípios.
? A vitivinicultura agrega valor à receita dos municípios. Mantêm, na terra, pequenas propriedades que conseguem fazer uma receita com bom nível de subsistência. Quanto mais produtores tivermos, mais divulgadores e mais trabalhadores nós teremos, assim cultivando novos consumidores ? ressalta.
A produtora Hortência Ayub planta uvas em sua propriedade, em Itaqui (RS), há pelo menos nove anos. Iniciante na atividade, ela diz que está buscando as melhores variedades para os parreirais. Com um plantio em 15 hectares, a colheita chegou a 90 mil quilos. Segundo Hortência, o clima seco na Metade Sul no primeiro semestre acabou beneficiando a cultura.
? Este ano tivemos uma boa safra na Metade Sul. Tivemos uma estiagem que beneficiou, pois a uva precisa deste clima bastante seco, com bastante sol e pouca chuva. Tivemos uma safra bem interessante este ano. Podemos considerar que foi uma excelente colheita ? salienta.
Mesmo assim, 60% da produção ainda se concentra na Serra do Rio Grande do Sul. Bento Gonçalves (RS) está na liderança, com 25%. No entanto, Santana do Livramento (RS), na Metade Sul, figura entre os cinco primeiros municípios no ranking dos maiores produtores, com 6% da produção de uvas do Estado. Outro dado importante é o crescimento da destinação para o suco de uva. Em 2004, este volume era de 25%. Em 2011 chegou a quase a metade, com 49%.