No documento, a organização analisa as medidas de sete países emergentes entre 2006 e 2008 para atenuar a carga dos consumidores e assegurar o abastecimento de produtos alimentícios, em um entorno de instabilidade de preços.
As ajudas públicas ao setor nessas economias emergentes foram inferiores a 26% de média nos seguintes membros da OCDE: Chile (4%); Brasil e África do Sul (6%), China e Ucrânia (9%), e Rússia (14%). As autoridades indianas não forneceram seus dados.
Entre 1997 e 2007, estes seis países registraram diferentes evoluções, já que Chile, China e África do Sul aumentaram sua proteção, o Brasil a manteve, enquanto Rússia e Ucrânia reduziram as ajudas à agricultura, apesar de sempre se caracterizarem por ter as taxas mais elevadas do grupo. As iniciativas mais adotadas por estas economias no período estudado foram a redução ou suspensão dos direitos de importação sobre os produtos alimentícios e a imposição de barreiras à exportação.
No entanto, os autores do relatório reconheceram que estes obstáculos não favorecem a segurança alimentar, além de prejudicar agricultores nacionais e, por extensão, os parceiros comerciais, que dependem das importações.
Para reforçar o setor agrícola no longo prazo, a OCDE recomendou reduzir o apoio público e as medidas que criam distorções, e uma maior verba para prover bens públicos como pesquisas, infraestruturas, formação e comercialização.
Embora os autores da análise tenham avaliado o nível crescente de ajudas aos bens públicos nas sete economias analisadas, destacaram que é preciso aumentar os investimentos públicos nesse campo.