? O PPA ainda é conservador. Temos um conjunto de decisões corretas, mas nos falta estratégias para o futuro, e o meio ambiente está sendo trabalhado depois. Não dá para tratar o meio ambiente de forma marginal ? disse a ministra.
Izabella Teixeira enfatizou que a discussão do PPA deve abordar formas estratégicas de tornar o país mais competitivo em termos ambientais, com um desenvolvimento sustentável. A ministra criticou, por exemplo, “a politização de licenciamentos”.
? Licenciamento é tão somente uma cessão, que deve ser transparente, com visão estratégica e voltado para a expansão comercial, dentro das normas de sustentabilidade e responsabilidade ? frisou.
A ministra comentou que, no Brasil, hoje em dia, não se pode ter um hotel dentro de um parque ? ela considera isso uma “arquitetura anacrônica” para o desenvolvimento do país.
? Nos Estados Unidos, a realidade é totalmente diferente. Além de ter um estabelecimento, tudo em volta dele gera renda, com infraestrutura e responsabilidade ambiental. Não se trata de ser reativo, mas sim estratégico ? ponderou.
Outro exemplo dado por Izabella Teixeira é que o Brasil, país com a maior floresta tropical do planeta, detém apenas 4% do PIB mundial em produtos florestais.
Com relação aos desafios ambientais, a ministra mencionou as ações do governo para os próximos 20 anos em questões como mudança climática, biodiversidade, seguranças hídrica e energética (66% do potencial hídrico está na Amazônia) e conflitos socioambientais.