? O etanol de milho é uma commodity agrícola e, como a cana-de-açúcar, sofre com as variações climáticas e com a oferta da matéria-prima, o que impacta no preço. Se isso acontecer e o preço do etanol de cana continuar baixo, viabilizará muito as exportações mesmo com o pagamento da tarifa de importação imposta pelo governo americano (US$ 0,54 o galão, equivalente a 3,78 litros) ? afirmou Rodrigues.
Segundo o diretor, as exportações brasileiras dependem de uma relação entre os preços praticados no Brasil e no mercado americano.
? Se o diferencial de preços entre os dois países cobrir o custo da logística e a tarifa de importação, ocorrerá um volume maior de exportações ? completou Padua.
O excesso de umidade fez com que o avanço da colheita de milho nos EUA mais uma vez fosse prejudicado, com uma colheita menor que a esperada segundo relatório de desenvolvimento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nessa semana.
Segundo informações do USDA, dos 18 Estados americanos – que representam 94% do milho cultivado no país – apenas 25% das lavouras foram colhidas. Isto representa um avanço de 5% em comparação aos dados divulgados na semana do dia 25 de outubro. No mesmo período da safra passada, época das enchentes, a colheita chegou a 53%.
Nos Estados do “Corn Belt” (cinturão do milho, que reúne os estados de Iowa, Indiana, Illinois e Ohio, além de partes de Dakota do Sul, Nebraska, Kansas, Minnesota, Wisconsin, Michigan, Missouri e Kentucky), que detém a maior produção de milho, apenas 19% das lavouras foram colhidas em Illinois, diante dos 86% em média nas safras de 2004 a 2008. No Iowa, o índice chegou a 18%, sendo que a média foi de 67%.