Maria Luiza destaca que o Mato Grosso saiu na frente com linhagens que vão reduzir o custo de produção dos produtores rurais. Ela comenta que 90% do solo apresenta baixo teor de fósforo, sendo necessário grande quantidade de fertilizante a ser aplicado. Com as linhagens produtivas, o produtor vai economizar em torno de 80 quilos do fertilizante superfosfato triplo por hectare, considerado um dos mais caros no mercado.
– O fertilizante que contém fósforo encarece o sistema produtivo das lavouras. Nossos solos são deficientes e o fertilizante é absorvido (o fósforo entra na argila e não tem como a raiz da planta absorvê-lo) ficando indisponível para as plantas – esclarece.
Conforme a pesquisadora, o desenvolvimento de tecnologia para a cadeia produtiva do arroz, iniciado em 2010, já apresenta bons resultados com a difusão de novas cultivares, melhoria na qualidade dos grãos, produtividade, redução no custo de produção e competitividade com o arroz do Sul do país. Villar fala que Estado está produzindo um arroz ecologicamente correto com a utilização das águas das chuvas, pois esse tipo de irrigação diminui a contaminação ambiental por oxido nitroso que é altamente poluente para a camada de azônio.
As diferentes linhagens de arroz plantadas são oriundas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Arroz e Feijão e o projeto de pesquisa é financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Mato Grosso (Fapemat) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O experimento está sendo implantado em uma área de quatro mil metros quadrados, divididos em solos com baixo fósforo e com alto teor de fósforo.
– Essas variedades estarão à disposição do produtor rural em 2015 – destaca Maria Luiza.