A Petrobras usará os recursos para financiar investimentos, o que inclui a compra de bens e serviços de empresa da China. No mesmo contrato de empréstimo com o CDB, ficou acertado um aumento no volume atual de exportação de petróleo do Brasil para a China.
Também está previsto um acordo de longo prazo de exportação entre a Petrobras e a Unipec Ásia, uma subsidiária da Sinopec, com volumes de venda de 150 mil barris de petróleo por dia no primeiro ano e de 200 mil barris de petróleo por dia nos nove anos subsequentes.
A estatal brasileira de petróleo assinou também um acordo de intenções ? memorando de entendimento ? com a Sinopec para cooperação em vários segmentos de interesse mútuo, incluindo exploração, refino, petroquímica e suprimento de bens e serviços.
Com este montante, os créditos recebidos pela Petrobras sobem este ano para US$ 30 bilhões, incluindo US$ 6 bilhões da Associação do Petróleo, US$ 2 bilhões do banco Exim chinês, US$ 10 bilhões do Banco Nacional e US$ 12 bilhões do BNDES.
? É a primeira vez que recebemos tanto crédito, e em um momento de crise ? ressaltou o presidente da petrolífera, José Sérgio Gabrielli.
Nesta situação, o executivo prevê que o balanço para o próximo ano será mais que suficiente, calculando um preço de US$ 37 por barril, frente aos US$ 60 atuais.
O presidente da Petrobras se referiu também às acusações de corrupção sobre a empresa, acusada de evasão de impostos.
? Estamos preocupados. Vamos responder todas as perguntas com transparência. Temos uma reputação sólida e procedimentos bastante claros ? defendeu Gabrielli.
Os acordos assinados pela Petrobras na China se enquadram dentro dos 13 documentos assinados entre o Governo brasileiro e o chinês no segundo dia da visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático, de onde partirá nesta quarta, dia 20, com destino à Turquia.