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Preço baixo, alto custo e clima prejudicam safra de feijão em SP

Preço pode subir na safra das secas, que começou a ser plantada este mêsO preço pago pela saca em 2010 não cobriu os custos de produção. Em Sarapuí, no interior de São Paulo, muitos desistiram da cultura ou reduziram a área. Porém, os analistas afirmam que o preço pode subir na safra das secas, que começou a ser plantada agora em março.

Foram 20 hectares a menos de área cultivada, com um prejuízo de R$ 30 mil com a safra passada.

? A situação está péssima. Tive prejuízo, porque recebi R$ 50 pela saca e os custos foram de R$ 80 por saca ? diz o produtor José Eduardo de Almeida.

O agricultor quer esquecer 2010: a chuva castigou sua lavoura, a qualidade caiu e o preço ficou bem abaixo do esperado. Além disso tudo, os produtores de Sarapuí enfrentam as péssimas condições das estradas, principalmente quando chove. Na região onde há asfalto, parte da rodovia caiu faz dois meses e ainda não foi consertada. Por causa disso, os caminhões não passam por lá e precisam fazer um desvio de 50 quilômetros. Isso significa mais mão de obra e mais combustível, tudo no bolso de quem produz.

A analista de mercado Sandra Hetzel afirma que a tendência é de melhora do mercado. O preço da saca pode subir e alcançar até R$ 120. Tudo vai depender do clima e da situação no Nordeste.

? Se não chover, a situação melhora. Além disso, se tiver quebra na safra de feijão no Nordeste, eles vêm comprar o produto daqui e faz aumentar o preço ? explica Sandra.

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