? A gente sabe que algumas agências têm a burocracia, mas eu acredito que seja a questão da inadimplência que faz com que emperre a utilização desses recursos. No movimento sindical do Piauí, do nordeste e do Brasil estamos trabalhando para que o agricultor renegocie suas dívidas da melhor forma possível ? disse o secretário de políticas agrícolas da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Piauí (Fetag-PI), Paulo Carvalho.
? Vamos ter que continuar agora, falta o principal: a garantia das políticas de renda para que possamos conseguir cumprir com nosso compromissos financeiros ? avaliou o presidente da Fetag-RS, Elton Weber.
Os agricultores também reconhecem como positivas algumas medidas. A criação do seguro clima para ações de investimento deverá ajudar os agricultores que têm acumulado prejuízos por conta do excesso de chuvas ou das secas. A novidade agradou o setor.
? É indispensável. Se tivéssemos em anos anteriores, não teríamos que ter prorrogado muitos investimentos, como foi feito nos últimos sete anos por intempéries climáticas ? disse Weber.
Para as cooperativas, o aumento nos limites de financiamento para custeio e investimento vai fazer diferença.
? As condições de juros são muito atrativas e condizentes com a realidade da agricultura familiar, assim como a questão do limite de crédito definidos. O programa como um todo atende às necessidades da agricultura familiar e nós nos empenharemos em nos enquadrar cada vez mais com as nossas cooperativas ? disse o secretário-executivo da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nóbile.