É o caso das bonecas de pano confeccionadas pela Associação de Artesãos de Riacho Fundo, no município de Esperança, na Paraíba. Fabricadas com matéria-prima local, as bonecas estão entre os produtos que mais chamam a atenção dos compradores. A associação trouxe três mil peças e, segundo o artesão Olavo Alírio, a expectativa é de vender tudo.
? Pelo comercial que a gente está tendo, é para nós vendermos tudo. E espero que a gente venda. A feira está muito bonita, muito estruturada ? disse Alírio.
Alírio afirmou que as bonecas de Esperança já são exportadas há oito anos para a Alemanha, Itália e os Estados Unidos. No Brasil, o produto é comercializado, principalmente, para os lojistas, com o objetivo de revenda.
? É o [nosso] maior público comprador ? revelou.
O preço das bonecas varia de R$ 2 a R$ 250 e, de acordo com o artesão, elas têm mais a função decorativa. Elas são compradas em especial por hotéis e restaurantes, informou Alírio.
Pela primeira vez participando da feira, a Associação Quilombo de Campinho, do município de Paraty (RJ), está comercializando artesanatos fabricados com palha de taboa, cipó e taquara (bambu).
A artesã Adilza da Conceição Martins, remanescente dos quilombolas da região, disse que a ideia é fazer com que o artesanato de sua comunidade ultrapasse a fronteira do quilombo, alcançando novos mercados.
? Nós temos uma loja lá no quilombo para mostrar aos turistas o nosso trabalho. A gente aceita encomendas e procura valorizar o nosso trabalho ? disse.
Segundo Adilza Martins, as artesãs são apoiadas pela Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Estado do Rio de Janeiro (Aquilerj), que trabalha também com as comunidades de Bracuí e Marambaia.