A quantidade ofertada na estreia deverá ser definida no início da próxima semana.
A principal vantagem do sistema, explica o presidente do Irga, Cláudio Pereira, é o aumento do universo de compradores, já que o leilão será feito via internet e indústrias de todo o país poderão adquirir os grãos. Pereira enumera como outro ponto favorável ao comprador a garantia de qualidade do produto ofertado e também de entrega.
? Também diminui os descontos para o produtor, porque o arrozeiro vai até a indústria e seu produto sofre descontos devido aos grãos quebrados e outras particularidades. No leilão virtual, o produto já foi inspecionado e será vendido pelo preço que sair ? detalha o presidente, lembrando que a Emater fará a certificação do que será comercializado.
As expectativas em torno do meio de comercialização são boas entre os produtores rurais. Integrante da parceria agrícola Fad Sementes, de Capivari do Sul, Jerônimo Message Dutra vai vender arroz no leilão virtual. Além de acreditar em uma melhor remuneração do grão, aposta que o Arroz na Bolsa trará um leque de novos clientes. A plantação da Fad Sementes é de 1,8 mil hectares, com produtividade de 7,8 toneladas por hectare.
Por meio do mecanismo, o governo do Rio Grande do Sul pretende aumentar a renda de pequenos e médios produtores, cooperativas, indústrias e comerciantes de menor porte.
Como vai funcionar
? O produtor procura o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), faz a oferta e a Emater é acionada para realizar a classificação, no silo onde se encontra o arroz. O Irga informa a oferta para uma corretora (Banrisul Corretora) que, por sua vez, encaminha para a Bolsa Brasileira de Mercadorias, que faz o leilão. Os leilões são online e deverão ocorrer semanalmente.
? O Banrisul está abrindo uma linha de crédito para indústrias adquirem o grão por meio do sistema.