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Qualificação de mão de obra desafia produção de sementes no Sul do país

Avanço no uso do produto certificado exige investimentos no segmentoO crescente avanço na taxa de utilização de sementes no Rio Grande do Sul exige atualização permanente da mão de obra que atua nas unidades armazenadoras e de beneficiamento. Em muitas propriedades, porém, o velho sistema de aprender na prática desafia a produção do Estado e põe o campo em alerta.

Para o engenheiro agrônomo Evaldo Cervieri Filho, que ministrará curso de 7 a 9 de julho sobre atualização em beneficiamento e armazenamento de sementes na Fundação Pró-Sementes, em Passo Fundo, no norte do Estado, a qualificação é imprescindível para tornar empresas competitivas diante das exigências industriais. O especialista ressalta que o avanço da taxa de utilização de sementes reflete o crescimento da produtividade agrícola. Também frisa que o Estado é um tradicional produtor e exportador de sementes, mas observa que a capacitação de funcionários ainda é insuficiente, com exceção de iniciativas isoladas.

? A qualificação é um investimento imprescindível para a expansão do negócio, pois reduz custos, aumenta a produtividade e profissionaliza ? afirma o especialista, que atua em consultorias e desenvolve projetos na área de beneficiamento em países como Brasil, Paraguai, Bolívia, Panamá e Cuba.

Cervieri pondera que a maioria dos funcionários que trabalha nas unidades aprende na prática, o que é um risco. Outro desafio é a infraestrutura. Para o agrônomo, é fundamental melhorar a segurança, reduzir o nível de ruídos e aparelhar os espaços para captação e destino de resíduos de forma segura e sem contaminação.

? Os produtores precisam ter a dimensão do impacto que uma máquina mal regulada ou operada traz ao negócio ? afirma o engenheiro agrônomo da Fundação Pró-Sementes, Alexandre Levien.

O planejamento das unidades de beneficiamento e armazenamento deve ser minucioso e baseado em estudos técnicos sobre o local, necessidade de mão de obra, condições climáticas, espécies, cultivares e até épocas de semeadura e colheita.

? A semente vem do campo, mas o bom resultado passa pela preparação de quem movimenta as máquinas ? ressalta o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) e da Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Estado (Apassul), Narciso Barison Neto.

 

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