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Semana Arrozeira discute alternativas para reduzir custos de produção

Palestrantes falarão sobre infraestrutura, meio ambiente e cenário macroeconômico para a cultura

Fonte: Pixabay/Divulgação

A proposta da nona edição da Semana Arrozeira é discutir os principais temas que norteiam a produção de arroz e os gargalos que prejudicam setor. O evento é promovido pela Associação dos Arrozeiros de Alegrete e ocorre de 29 de maio a 4 de junho no município de Alegrete e se estende também à Quaraí. A programação será realizada no CTG Farroupilha durante à noite e nas diferentes localidades rurais durante o dia.

Entre os temas tratados, estão o agronegócio no cenário atual e projeções para 2017, com o economista Miguel Daoud, o programa Produtores de Água, com Devanir Garcia dos Santos, da Agência Nacional das Águas, recolhimento e destinação adequada de embalagens de defensivos agrícolas, com Marcelo Lerina, do InpEV, apresentação do Plano Estadual de Conservação de Solos e Água, com o secretário de Agricultura, Ernani Polo, o lançamento do Plano Energético do Estado com o Secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, entre outros assuntos.

De acordo com a presidente da associação, Fátima Marchezan, o tema da água já havia sido definido na oitava edição da Semana Arrozeira, mas em função do atual quadro de crise do país e do setor orizícola, a diretoria expandiu as discussões para três eixos temáticos: uso racional da água, custos da lavoura de arroz e infraestrutura. “Esse último eixo apresenta dois grandes gargalos para os produtores de arroz, pois envolve os elevados custos da energia elétrica e a má conservação das estradas rurais”, observa.

 A presidente destaca ainda, que esses dois gargalos elevam os custos de produção, já que a lavoura de arroz no Estado é irrigada por alagamento e faz uso da energia elétrica para bombear a água para dentro das lavouras. Além disso, devido ao péssimo estado de conservação das estradas rurais, o custo do frete também aumenta muito, pois os caminhões, atolam, furam pneus, quebram e os caminhoneiros repassam os seus custos para o produtor.

Ainda sobre custos, Fátima alerta que a entidade e os produtores de arroz entendem que não têm inferência sobre alguns desses valores como, por exemplo, os insumos que são comercializados por grandes multinacionais. Porém, avalia que é possível o setor discutir políticas públicas com o governo para reduzir alguns desses custos. “Também é importante ressaltar que se os produtores estão descapitalizados e com uma rentabilidade muito baixa, não conseguem investir em tecnologias mais limpas e manejos diferenciados para as áreas de cultivo. Sem renda, o arrozeiro não tem como ter sustentabilidade no seu negócio, nem economicamente e nem ambientalmente”, explica.

 A dirigente reforça que a associação tem trabalhado em parceria com a Unipampa para a avaliação da eficiência do sistema elétrico-hidráulico de algumas propriedades, levantando alguns problemas e sugerindo alterações nesses sistemas para melhorar a eficiência dos produtores e, dessa forma, usando a água de forma racional e economizando energia elétrica. “Tão logo termine o evento, a entidade já inicia o planejamento da 10ª Semana Arrozeira, com o tema Cadeia produtiva do arroz: gargalos e oportunidades, com o objetivo de trazer para o debate diferentes atores da cadeia produtiva orizícola, inclusos os dos ambientes organizacional e institucional”, informa Fátima.

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