? A agricultura sempre teve posição muito dinâmica e de crescimento constante ? comentou Stephanes.
Segundo o ministro, o desempenho da produção futura se dará, em grande parte, pelo aumento de produtividade e pela incorporação de novas áreas de pastagens, nas devidas proporções.
? O sistema de produção de bovinos tende a se tornar mais intensivo e vai ocupar menos áreas. Essa é uma das grandes possibilidades que temos ? destacou.
Ele informou, ainda, que a recuperação dessas áreas será intensificada com linhas de crédito específicas e taxas de juros diferenciadas, que serão anunciadas no próximo Plano Agrícola e Pecuário (PAP 2010/2011).
? O plano também vai incluir item específico dos compromissos voluntários assumidos na COP-15, realizada em dezembro passado, em Copenhagen (Dinamarca). Esses também são sistemas de produção que dão mais lucro e melhores condições para os nossos produtores, ou seja, atendem questões de emissão de gases de efeito estufa e sustentabilidade, além de melhorar a economia ? disse o ministro.
O segundo caminho apontado por Stephanes para as boas perspectivas agrícolas no Brasil é o melhor aproveitamento do Cerrado. Ele citou como exemplo a região de Matopiba, que compreende Maranhão, leste de Tocantins, sul do Piauí e norte e oeste da Bahia.
? Ali temos uma grande área de Cerrado e, ao obedecer toda a legislação ambiental, temos possibilidade de avançar. Ou seja, podemos aumentar a produção sem necessidade de novos desmatamentos no bioma Amazônia ou em outras áreas frágeis do Brasil ? afirmou.
A irrigação, em especial no Centro-Oeste do País, foi outra opção destacada pelo ministro. Com períodos regulares de chuva, excesso de água e possibilidade de armazenamento, a região conta, hoje, com três mil pivôs centrais e, de acordo com o ministro, pode chegar a 30 mil.
A pesquisa foi realizada pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), que estuda as projeções agropecuárias a médio e longo prazos.
? Temos uma visão muito clara das exigências do mercado e da resposta que podemos dar, principalmente, de maneira sustentável, evitando qualquer possibilidade de avanço do desmatamento sobre o bioma Amazônia ? finalizou o ministro Stephanes.