O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, vai a Washington na próxima segunda, dia 26, para uma reunião com autoridades. Nesta quinta, dia 22, o encontro foi em Brasília, com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.
Camargo Neto saiu otimista da primeira reunião com o ministro.
? O ministro chegou num momento feliz. Agora é o momento da colheita e ele pode, com a sua prioridade, com a sua atenção, fazer uma colheita mais farta de abertura de mercados.
A China está entre as prioridades. A expectativa do governo e dos produtores é de que o acordo para as exportações possa ser assinado em julho. Antes disso, em junho, os Estados Unidos devem finalizar a consulta pública para a importação da carne catarinense ? livre de febre aftosa sem vacinação. A abertura do mercado americano não deve absorver grandes volumes de produção. Mas vai servir de passaporte para a entrada da carne suína brasileira em outros países consumidores.
? Existem dois serviços veterinários mundiais que são respeitados: o da União Européia e dos Estados Unidos. Você ter a aprovação deles é muito importante para conseguir convencer o Japão, a Coréia do Sul e etc. ? argumenta Carmago Neto.
O governo vê ainda uma outra vantagem.
? A nossa expectativa é de que o andamento do processo relativo a Santa Catarina seja dado também aos estados livres de febre aftosa com vacinação. Acreditamos que até o final do ano tenhamos alguma resposta sobre esse processo ? afirma o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Márcio Rezende.
A produção brasileira está sendo observada também pela Coréia do Sul. Uma comitiva sul-coreana está em Florianópolis para conhecer a qualidade da carne suína catarinense, segundo o presidente da Abipecs.