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Unica prevê redução no ritmo de moagem de cana nesta safra

Além da tendência de queda nos preços, a ferrugem alaranjada preocupa alguns produtoresA União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) divulgou nesta terça, dia 1º, um balanço da produção quinzenal de cana de açúcar no Brasil. O crescimento é de quase 30%, mas deve diminuir até o pico da safra. Além da tendência de queda nos preços, a ferrugem alaranjada preocupa alguns produtores.

Os dados mostram que o volume de cana processada aumentou porque algumas usinas anteciparam o início das operações. O processamento na região Centro-Sul chegou a 35,13 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias de maio, um crescimento de 4,2 milhões de toneladas em relação à segunda quinzena de abril. No acumulado desde o início da safra, a moagem chega a 93,86 milhões de toneladas. No mesmo período da safra passada, foram 73,85 milhões de toneladas, um crescimento de 28%. Para o consultor Bruno Bosczowski, além da antecipação da safra, outros fatores colaboraram para este crescimento.

? Esta safra está sendo boa porque o clima foi propicio e a previsão do tempo é boa para o pico da safra por conta do fenômeno La Nina ? avalia Bosczowski.

A União da Indústria da Cana-de-açúcar avalia que esse ritmo deve diminuir a partir de agora. Quando as empresas voltarem ao nível normal de trabalho, a produção deve retornar ao mesmo patamar do ano passado. Além disso, o analista explica que, como a produção aumentou até agora e as exportações caíram, os preços podem cair mais.

? Nós deveremos ter uma produção muito elevada. A exportação caiu 50%, o que deve forçar ainda mais os preços para baixo ? diz o consultor.

Para o ano todo, a Unica diz que uma previsão agora seria prematura, até porque, em 2009, havia um otimismo logo no início da safra, mas as chuvas intensas a partir de julho reduziram bastante a moagem e a qualidade da cana. Além da meteorologia, outro fator que preocupa nesta safra é a ferrugem alaranjada. Nesta propriedade em Capivari, interior de São Paulo,30% dos 282 hectares de cana foi comprometido. A planta perde a força. O caule vai atrofiando e, a partir de um estágio de crescimento, os gomos da cana simplesmente não se desenvolvem. A produção nos lotes das duas variedades atingidas caiu pela metade e preocupa.

? De acordo com a proprietária de fazenda Maria Cristina Pacheco, a ferrugem fez um grande estrago na Austrália em 2000 e comprometeu perto de 40% da produção. Sete anos depois, a praga passou pelos EUA e Caribe. Ano passado, chegou ao Brasil.

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