A corrida contra o tempo é para garantir o preço melhor para o etanol. O valor pago pelo litro, que no pico da entressafra chegou a R$ 1,69 na usina, está em queda neste inicio de safra. E a tendência é que baixe ainda mais com a maior oferta do produto.
Em uma unidade instalada em Araras, interior de São Paulo, a usina está colhendo, em média, sete mil toneladas por dia. Do total, 60% da matéria prima é utilizada na produção de etanol e 40% na fabricação do açúcar. O problema é que a seca do ano passado atrapalhou o desenvolvimento das lavouras e agora ameaça diminuir a produtividade.
A cana não está sendo colhida no tempo correto, que seria um ciclo de 12 meses. Ela está sendo retirada com até dez meses e meio desde o último corte. A antecipação da colheita tem lá suas vantagens, mas há também um lado negativo: se paga um preço pela mudança de calendário.