Das variedades de arroz mais usadas pelos produtores mato-grossenses, quatro foram lançadas pela Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO), responsável pelo projeto de desenvolvimento de tecnologias para a cadeia produtiva do grão em terras altas do estado.
A BRS Bonança é uma cultivar de ciclo precoce (115 dias), comprimento do grão longo e moderadamente resistente a pragas e doenças, como brusone na panícula e mancha dos grãos. O cultivo da BRS Bonança é indicado para os estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Tocantins, em sistema de terras altas em condições favorecidas, podendo ser também plantada no sistema tradicional em solos de média a alta fertilidade, em regiões onde não ocorra deficiência hídrica grave.
A BRS Sertaneja também é uma variedade precoce (110 dias), de grãos longos finos, caracterizada por plantas vigorosas, com porte médio, folhas largas e mediana resistência ao acamamento. A cultivar apresenta moderada resistência às doenças comuns (mancha-parda, escaldadura das folhas e mancha-dos-grãos), moderada suscetibilidade à brusone, e se adapta a diversas condições de cultivo.
Outra opção para os produtores de terras altas é a BRS Pepita, que apresenta moderada resistência ao acamamento, à mancha parda e à mancha-dos-grãos. A cultivar possui ciclo precoce (102 dias), grãos da classe longo-fino e excelente qualidade culinária. Seu cultivo é indicado para os estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Já a BRS Monarca é indicada para plantio nas regiões centro-norte do Mato Grosso, Rondônia, Pará, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Roraima, Piauí e Maranhão. A excelência na qualidade dos grãos é o grande diferencial dessa cultivar, que apresenta folhas longas e largas, permitindo uma boa competitividade com plantas invasoras em função da rápida capacidade de cobertura do solo. A BRS Monarca possui moderada resistência à mancha-parda, à escaldadura foliar, à mancha-dos-grãos e é menos suscetível à brusone do que cultivares tradicionais, como a BRS Primavera.