Em manifesto distribuído no sábado, que recebeu apoio de mais de 30 entidades, eles descrevem que as chuvas de novembro e dezembro causaram prejuízos a 38 mil propriedades rurais de arroz no Estado.
O setor alega que, apesar de seis audiências realizadas em Brasília em 2009 e 2010, não obteve apoio do governo. A perda de produtividade provocada pelo clima reduzirá a receita dos agricultores em pelo menos R$ 600 milhões, conforme estimativa da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado.
Eles reivindicam R$ 175 milhões em crédito emergencial, com limite de R$ 2,5 mil por hectare atingido, prazo de dez anos para pagamento e três de carência. Também pedem desconto das parcelas de custeio e investimento, variando conforme o porcentual de perdas de cada propriedade, além de R$ 30 milhões em crédito para reconstrução de estruturas danificadas pelas chuvas.
Junto com a compensação para as perdas, o setor espera o lançamento de novas medidas para enxugar produto do mercado e sustentar preços. Os arrozeiros pediram R$ 400 milhões para realizar seis leilões de contratos de opção, de forma a negociar 500 mil toneladas. A colheita do arroz está em andamento no Rio Grande do Sul. Até a semana passada, havia atingido 27% da área total cultivada, de 1,085 milhão de hectares.