– É um pacote extraordinário, que contempla os anseios do setor – avaliou Renato Rocha, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz).
No dia anterior, o dirigente, um habitual crítico do governo, considerara que o ideal seria que as medidas contemplassem a renegociação de dívidas e uma campanha de aumento do consumo. A inclusão de mecanismos de comercialização para ajudar a escoar a produção seria o aceitável.
Serão investidos R$ 737 milhões e projeta-se a movimentação de 2,02 milhões de toneladas do grão em leilões. Em pelo menos 20 municípios gaúchos, o preço está abaixo do mínimo estipulado pelo governo. Pesquisa da Federarroz aponta que o valor mínimo da saca, de R$ 25,80, é registrado só em seis cidades produtoras.
Na presença de deputados, prefeitos e produtores, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, apresentou um cronograma de ações, de abril a julho. O governo publicará portarias para realização de leilões de Prêmio de Escoamento de Produto e Prêmio de Equalização Pago ao Produtor, com pagamento de subvenções ao comprador ou ao produtor para a venda e escoamento da produção para áreas não abastecidas. Um milhão de toneladas de arroz será destinado a esse tipo de operação. O restante será adquirido para estoques públicos e direcionado a contratos de opção de venda.