Mesmo que no ano passado tenham sido liberados R$ 400 milhões, mas emprestados apenas R$ 282 milhões, representantes dos arrozeiros elogiaram o aumento de 25% no valor disponível, anunciado na terça, dia 10.
? No ano passado sobraram (cerca de) R$ 120 milhões. Mas o interessante é que haja disponibilidade e não saia tudo mesmo. É sinal de que o mercado está andando bem sozinho ? comentou o superintendente do BB no Estado, Ary Joel Lanzarin.
O EGF garante recursos ao produtor, enquanto opta por guardar sua safra à espera de melhores valores. Como resultado, há uma venda mais equilibrada ao longo do ano, o que evita superoferta e queda brusca no valor do cereal especialmente no início da colheita.
De acordo com a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), embora só estejam disponíveis para clientes do BB, os recursos anunciados garantirão apoio à armazenagem de aproximadamente 20% da safra gaúcha, estimada em 7,6 milhões de toneladas.
Agricultores propõem alterações no empréstimo
O limite a ser tomado por produtor é de R$ 400 mil, e os juros, de 6,75% ao ano. A quitação do EGF deve ser feita em quatro prestações, em um período de 180 dias, mas a Federarroz ainda solicita mudanças das regras para o empréstimo. De acordo com o presidente da entidade, Renato Rocha, entre as alterações propostas estão a possibilidade de liquidação do valor em uma parcela a vencer no prazo máximo, a exemplo do que ocorreu no ano passado, e a ampliação desse tempo para 210 dias. Os produtores também solicitam que não haja necessidade de depósito maior de arroz no armazém para garantir a operação.
? Essas questões operacionais todas a gente ajusta, equaliza ? disse Lanzarin, admitindo a possibilidade de rever algumas regras.
O anúncio dos recursos ocorreu na Secretaria de Agricultura do Estado. Além do BB e da Federarroz, participaram representantes do Ministério da Agricultura, Federação da Agricultura e Instituto Rio Grandense do Arroz. A cadeia prepara-se para a abertura oficial da colheita, que ocorre de 5 a 7 de março na Estação Experimental do Instituto Rio Grandense do Arroz, em Cachoeirinha. Algumas áreas plantadas precocemente no Estado já estão sendo colhidas.