O acordo começou a valer no último sábado, dia 1, e teve que ser colocado em prática depois que a régua na captação de água da Comusa, em Novo Hamburgo, indicou nível de menos de 72 centímetros. Os arrozeiros devem manter a captação suspensa por 48 horas quando o nível do Sinos será novamente avaliado.
– Esse acordo segue o mesmo padrão do que foi estabelecido na estiagem do ano passado. O Departamento de Recursos Hídricos começou a avisar os agricultores durante a manhã – explica o presidente do Comitesinos, Arno Kayser.
O acordo prevê intermitência na captação sempre que o nível chegue a 80 centímetros na régua da da Corsan em Campo Bom, 72 centímetros na Comusa, em Novo Hamburgo, e 60 centímetros no Semae, em São Leopoldo. Se mesmo com a interrupção a marca chegar até os 70 centímetros em Campo Bom, 60 em Novo Hamburgo e 50 em São Leopoldo, a captação será suspensa.
Atualmente, uma área entre 2 mil e 3 mil hectares são ocupados por lavouras de arroz na bacia do Rio dos Sinos. De acordo com Comitesinos, existem 50 agricultores registrados que captam água regularmente. No entanto, a estimativa é de que outros cerca de 40 retirem água do Sinos irregularmente.