Segundo o presidente do Sindicato Rural de Tapes e representante do movimento “Te Mexe Arrozeiro”, o objetivo é levar aos prefeitos o impacto dos prejuízos aos municípios. Juarez Petry salienta que a falta de renda dos agricultores já está afetando o comércio das cidades que mantém a produção do arroz como principal fonte de receita.
? Hoje o problema é do arrozeiro, da sua família e de seu grupo de funcionários, mas isto já está se transferindo ao comércio e às associações comerciais dos municípios. E no ano que vem este problema vai estourar no caixa das secretarias da Fazenda das prefeituras ? alerta.
Enquanto isso, o governo gaúcho tenta buscar soluções junto ao governo federal para amenizar a crise do setor. O presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Cláudio Pereira, esteve em Brasília e garantiu que mecanismos de comercialização serão prorrogados e mais 500 mil toneladas serão compradas pelo governo federal nas próximas semanas. Ele explica que o Executivo gaúcho quer solucionar o problema o mais rápido possível.
? O governo está interessado, está preocupado e quer reforçar os pleitos e trazer, junto com o governo federal, as propostas que serão factíveis e que venham realmente mudar o cenário do mercado do arroz no Rio Grande do Sul ? salienta.
A crise de preços do arroz vem desde o início do ano. Mesmo com recursos de mais de R$ 1 bilhão já liberados, a cotação do grão não reagiu. O preço mínimo estipulado pelo governo federal é de R$ 25,80 a saca de 50 quilos, mas está sendo comercializada no interior gaúcho a menos de R$ 20.