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Arrozeiros organizam mobilização para o início da semana no Rio Grande do Sul

Produtores querem pressionar governos federal e estadual por soluções para a crise do setorA mobilização prevista para o início da semana deve levar pelo menos 300 lideranças arrozeiras para Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Eles vão manter manifestações e conversas com a bancada do Estado no Congresso Nacional e com os deputados estaduais. Também devem ser recebidos pelo governador Tarso Genro. Ainda vão participar da posse da nova diretoria da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Tapes e representante do movimento “Te Mexe Arrozeiro”, o objetivo é levar aos prefeitos o impacto dos prejuízos aos municípios. Juarez Petry salienta que a falta de renda dos agricultores já está afetando o comércio das cidades que mantém a produção do arroz como principal fonte de receita.

? Hoje o problema é do arrozeiro, da sua família e de seu grupo de funcionários, mas isto já está se transferindo ao comércio e às associações comerciais dos municípios. E no ano que vem este problema vai estourar no caixa das secretarias da Fazenda das prefeituras ? alerta.

Enquanto isso, o governo gaúcho tenta buscar soluções junto ao governo federal para amenizar a crise do setor. O presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Cláudio Pereira, esteve em Brasília e garantiu que mecanismos de comercialização serão prorrogados e mais 500 mil toneladas serão compradas pelo governo federal nas próximas semanas. Ele explica que o Executivo gaúcho quer solucionar o problema o mais rápido possível.

? O governo está interessado, está preocupado e quer reforçar os pleitos e trazer, junto com o governo federal, as propostas que serão factíveis e que venham realmente mudar o cenário do mercado do arroz no Rio Grande do Sul ? salienta.

A crise de preços do arroz vem desde o início do ano. Mesmo com recursos de mais de R$ 1 bilhão já liberados, a cotação do grão não reagiu. O preço mínimo estipulado pelo governo federal é de R$ 25,80 a saca de 50 quilos, mas está sendo comercializada no interior gaúcho a menos de R$ 20.

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