Oitenta peças artesanais, feitas do coco, folhas e talos da generosa palmeira do babaçu, serão apresentadas ao público pela primeira vez, num verdadeiro clima de avant-premiére.
? Será o primeiro ensaio no Estado para testar e visualizar o que significa levar produtos da região para o mercado ? explica Magvan Botelho, gestora do Projeto Artenorte do Sebrae/TO em Araguaína.
O lançamento ocorrerá dentro da 2ª Mosarq – Mostra de Arquitetura do Tocantins, programada para o período de 20 de junho a 5 de julho na sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Turismo de Palmas. Um catálogo, contendo fotografias e informações técnicas do projeto e das peças, foi editado pelo Sebrae/TO e será distribuído no lançamento da Coleção Babaçu.
? A coleção está espetacular ? adianta Heloisa Crocco, designer do Laboratório Piracema de Design de Porto Alegre (RS), contratada pelo Sebrae/TO para atuar junto às seis comunidades integrantes do Projeto Artenorte, desde 2005.
Biojóias, bolsas, camisetas, cangas, almofadas, luminárias, pufes, cestas, flores, velas, suplás, jogos americanos, fruteira, entre outras peças, vão encantar o público, prevê a designer gaúcha.
Heloísa conta que encontrou artesãos muito habilidosos nos seis municípios participantes do projeto, ou seja, em Aguiarnópolis, Araguatins, Nazaré, Lucinópolis, Tocantinópolis e São Bento. Eles ficam situados num raio de 100 km e são ligados por rodovias pavimentadas.
Quatro designers tocantinenses foram capacitados como consultores pela designer gaúcha e estão monitorando as comunidades do Artenorte. A técnica do ‘coco fateado’ surpreendeu Heloísa, que afirma ser típica da região do Bico do Papagaio.
Algumas comunidades cortam o coco no torno, manualmente. Em Tocantinópolis, os artesãos contam com a parceria da empresa Tobasa, produtora de derivados do babaçu, como o carvão ativado para filtros de água. Nesse município, os cocos são ‘fateados’ na empresa-parceira.