Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Artigo: Adubação e manejo dos solos, indicativos para um grande rendimento de soja

O agricultor precisa conhecer solo, histórico da área, semear no melhor período e adubar segundo indicativos de resultados de analises de solos

*Áureo Lantmann

Teorias mostram que a soja tem um potencial máximo de rendimento em torno de 11 t/ha. Em alguns concursos de produtividade, o limite de 11 t/ha foi ultrapassado.

Para que a soja expresse seu potencial máximo de rendimento deve se ajustar práticas tecnologias ou mecanismos para mitigar os estresses de origem biótica (insetos, plantas daninhas e doenças) e abiótica (déficit hídrico, baixa fertilidade, compactação, e alumínio tóxico entre outros).

• Leia ao artigo anterior: Impactos negativos da estiagem

Além da genética, o agricultor precisa conhecer o solo, química e física, o histórico da área, semear no melhor período e na população indicada, adubar segundo indicativos de resultados de analises de solos, bem como praticar os tratos culturais.

Se tomarmos como exemplo os relatos dos vencedores de concursos de rendimentos de soja, podemos destacar ao menos sete pontos em comum entre esses produtores:

1- Adoção de sistema de plantio direto;
2- Correção do perfil do solo;
3- Ajuste da adubação para o potencial produtivo esperado;
4- Utilização de cultivares altamente produtivos adaptadas e com estabilidade de produção, bem como resistentes ou pelo menos tolerantes a algumas pragas e doenças;
5- Arranjo espacial de plantas;
6- Controle de plantas daninhas, pragas e doenças. No caso de pragas com o MIP, manejo integrado de pragas;
7- Zelo do produtor na condução da lavoura desde a semeadura até a colheita.

A correção do perfil do solo é uma medida essencial para atenuar os problemas de déficit hídrico. Associação de calcário e gesso para neutralizar a acidez do solo contribui para aumentar a disponibilidade de água e nutrientes as plantas pelo maior volume de solo explorado pelas raízes.

Além da correção da acidez do solo, a melhoria da fertilidade do solo se faz pelo ajuste da adubação, por meio do monitoramento via resultados de analises de solos, pela demanda de cada cultura e da dinâmica de cada nutriente no solo, refinada pelo conhecimento do estado nutricional das plantas. Portanto, a nutrição equilibrada da soja consiste em avaliar a disponibilidade dos nutrientes e fornece-los nas quantidades e nos momentos adequados à cultura.

Para a soja, os dois nutrientes demandados em menor quantidade são o nitrogênio e o potássio, que são entendidos desta forma:

1- A necessidade de inoculação das sementes com bactérias do gênero Bradyrhizobium, otimizando o processo de fixação biológica do nitrogênio, inclusive, para altas produtividades.

2- Considerando que a soja exporta 20kg/ha de K2O/t de grãos é necessário que a adubação seja realizada de acordo com a produtividade esperada e o balanço das culturas que compõem o sistema de produção. Dependendo dos teores de K no solo, doses de 60 kg/ha de K2O atenderão adequadamente produtividades de 50 sacas/ha (3 t/ha).Contudo para altos rendimentos a adubação deve repor no mínimo as quantidades exportadas.

3- Para o fósforo, apesar de sua importância no metabolismo das plantas, de modo geral, as quantidades aplicadas são maiores que as exportadas pelos grãos. Detalhe importante é a forma de aplicação baseada em critérios de praticidade operacional, (adubação fosfatada a lanço) e não nos critérios técnicos, calcados no comportamento do nutriente no solo e na forma de absorção pelas raízes. (fluxo de massa, interceptação radicular e difusão). Assim, a aplicação de P “a lanço” poderá promover, em pouco tempo, altos teores de P nos primeiros centímetros da superfície e quantidades inferiores soa níveis críticos nas camadas mais profundas do solo. Por consequência as produtividades poderão ser limitadas pelos teores de P na sub-superficie, principalmente sob condições de déficit hídrico. Importante ressaltar que o contato nutriente-raiz é intermediado pela água.

*Áureo Lantmann é engenheiro agrônomo, foi pesquisador da Embrapa Soja e é consultor técnico do Soja Brasil desde a primeira edição, safra 2012/2013

>>> Veja mais notícias sobre soja

Sair da versão mobile