Algumas posições revelam atitudes corretas e outras nem tanto certas, mas mostram toda a complexidade sobre o conhecimento e uso das tecnologias disponíveis
*Áureo Lantmann
Estou participando da terceira edição do Projeto Soja Brasil, que iniciamos na safra 2012/2013. Nesse tempo, já vimos soja cultivada nas mais diversas situações, de clima, de altitude, de tipos de solos, de tempo de cultivo, de diversos sistemas de produção, de formas de condução de lavoura e também de expectativas de rendimentos.
• Leia ao artigo anterior: Grandes contrastes no cultivo da soja no Brasil
Observei durante essas três ultimas safras diferentes atitudes de agricultores, conforme a soja se desenvolve e que no fundo revelam variadas visões e ansiedades em relação ao produto soja.
Listei algumas observações de agricultores tomadas durante as reportagens do Projeto:
1) A forma como estamos produzindo a soja não da mais;
2) O modelo de agricultura que estamos praticando está esgotado;
3) A cultura de soja passa por um momento de transição, ainda bem que chegou a Helicoverpa armigera, para podermos refletir;
4) Não estou interessado em saber do porque a Helicoverpa armigera se estabeleceu na minha lavoura de soja, o que eu quero é um inseticida que mate ela agora;
5) A presença da Helicoverpa armigera nas lavouras de soja vai induzir os agricultores e técnicos a uma postura mais técnica do que a que se esta praticando;
6) Todas as aplicações de inseticidas e de fungicidas nas minhas lavouras são feitas de forma preventiva conforme um calendário estabelecido;
7) Faço calagem superficial a cada três anos, independente de resultado de analises do solo;
8) Eu cultivo soja durante três safras num determinado talhão na quarta safra sempre cultivo milho de verão, independente de preço de venda para o milho;
9) Não será uma nova molécula para um novo inseticida que, usado isoladamente de prática de manejo de pragas, irá controlar de forma eficaz o percevejo;
10) Depois que meu vizinho adquiriu um pivô central, ficou muito mais difícil de controlar as pragas e doenças na minha lavoura de soja;
11) Sempre mantive os solos da minha propriedade agrícola cobertos com um tipo de palha;
12) O custo de produção de soja aumenta ano a ano e o aumento de custo não tem refletido em maiores rendimentos;
13) Sempre semeio a soja uns 5 a 8 dias antes do termino do vazio sanitário;
14) Nunca mais vou fazer a tal safrinha de soja;
15) Há 6 nos faço safrinha de soja, mas na soma das duas não consigo passar dos 90 sacas/ha;
Essas posições revelam atitudes corretas e outras nem tanto certas, mas que refletem toda a complexidade sobre o entendimento e uso das tecnologias disponíveis.
*Áureo Lantmann é engenheiro agrônomo, foi pesquisador da Embrapa Soja e é consultor técnico do Soja Brasil desde a primeira edição, safra 2012/2013.
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