Da coleta seletiva de lixo a projetos de educação sócio-econômico-ambiental. A capital do agronegócio, Sorriso (MT), tem grande destaque quando o assunto é sustentabilidade. Entre os exemplos, o programa Eco Sorriso, tem como objetivo visitas nas residências para explicar a importância da reciclagem, e da coleta seletiva do lixo.
As qualidades sustentáveis do município, são os temas do episódio 34 do MT Sustentável.
A assistente do programa, Keila Lima, explica que todos os materiais recicláveis passam por uma pré-lavagem. “Tem que lembrar sempre disso e evitar materiais contaminantes e orgânicos. O vidro não pode ser colocado no saco de ráfia. Tem que ser levado para os ecopontos”, explica.
A coleta seletiva já atinge 70% da zona urbana e faz parte do programa Eco Sorriso.
O programa rendeu ao município, o prêmio de Cidade Sustentável. E ficou em primeiro lugar entre as cidades com população média. Além da coleta nas casas, os moradores têm à disposição os ecopontos para o lixo reciclável.
Marcelo Lincoln, secretário de secretário de Agricultura, Meio Ambiente e de Ciências e Tecnologia do município, comentou que já estão com três projetos para os próximos dois anos. “Nós queremos ter 100% de abrangência do nosso município para fazer essa coleta de lixo reciclável”, afirma.
Todo o material recolhido vai para a Associação Sorriso de Catadores (ASC). Jefferson Reber, presidente da associação, contou que atualmente 18 famílias fazem parte e vivem com a renda da reciclagem.
No local, o material é separado, prensado e enviado para as fábricas em diversos locais do país. Mensalmente, são recolhidas em torno de 160 toneladas de lixos recicláveis.
Saneamento e biodigestor nas escolas
Além da coleta seletiva do lixo, o programa Eco Sorriso possui ações ligadas ao saneamento e ao biodigestor. Nas praças e pontos de ônibus, por exemplo, começou a ser instalado um banheiro público diferente.
“O diferencial deste banheiro é o tratamento do esgoto sanitário. Ele utiliza um biodigestor de fossa, onde possui uma tecnologia ambientalmente que vai tratar esses efluentes sem contato algum com o meio ambiente”, pontua Keila
O biodigestor também é novidade. Ao todo, já são 22 biodigestores adquiridos pela prefeitura. Desse total, 17 já estão em operação nas escolas municipais.
Os resíduos orgânicos, como restos de comida, são colocados dentro do recipiente e as bactérias, num processo conhecido como digestão anaeróbica, transformam o material em biogás e biofertilizante. Nesse processo, o biogás vai direto para a cozinha da escola. E a produção mensal dele equivale a 2,5 botijões de 13 quilos.
A diretora da escola, Edna Cristina Broch, conta que o objetivo é ensinar para as crianças, questões que envolvem o meio ambiente, para que isso tenha retorno direto na sociedade.
Para esse estímulo, existe uma competição que premia quem mais recolhe garrafas pets. E entre os meses de agosto a dezembro o projeto ‘Recicla Verdinho’ é realizado .
A cada 10 embalagens recicláveis entregues, as crianças recebem um verdinho (em formato de dinheiro) que pode ser trocado na feira do produtor, por alimentos saudáveis. O projeto é de autoria do Sebrae-MT, com apoio da cooperativa de crédito Sicredi.
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