O capital da Brasil Ecodiesel é bastante pulverizado, com mais de 25 mil acionistas. Agora, uma nova convocação de acionistas será feita para uma nova assembleia no dia 6 de setembro, às 15 horas. Nesta nova assembleia, a definição sobre a incorporação ou não da Vanguarda será feita independente do quórum obtido.
A incorporação já havia sido proposta pela Vanguarda em abril deste ano, mas recusada pelo conselho da Brasil Ecodiesel. O motivo alegado foi o fato de a companhia ainda estar consolidando a incorporação da Maeda Agroindustrial, realizada em dezembro de 2010. Diante do impasse, o conselho de administração da Brasil Ecodiesel foi deposto e um novo conselho eleito em julho, presidido pelo também presidente da Veremonte do Brasil, Marcelo Paracchini, que é braço brasileiro do megainvestidor espanhol Enrique Bañuelos no País.
O novo conselho voltou a analisar a incorporação da Vanguarda, principalmente depois que o efeito positivo da incorporação da Maeda passou a ser demonstrado nos resultados financeiros da Brasil Ecodiesel, com a receita vindo dos produtos da Maeda anulando as perdas com biodiesel. O fundo Vila Rica – de Bañuelos – até saiu da Brasil Ecodiesel diante da certeza da incorporação da Vanguarda, que possui 50% de capital de Bañuelos. A Veremonte tem uma estratégia de manter uma participação de até 30% em uma empresa e a participação de Bañuelos na Brasil Ecodiesel e Veremonte iria ultrapassar esse montante.
Se aprovada a incorporação da Vanguarda, a “nova Brasil Ecodiesel” será uma empresa ainda mais diversificada, com um faturamento anual estimado em R$ 1,5 bilhão.