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Assentamento rural em Mato Grosso inicia colheita de flores e folhagens

Produção semanal é estimada em mil hastes de 12 variedades de flores e seis de folhagensDepois de um ano e sete meses preparando a terra, plantando, regando, carpindo e cuidando das plantas como se fossem filhos, 35 agricultores familiares do Núcleo Florestan Fernandes no assentamento 28 de Outubro, de Campo Verde (MT), começaram a colheita de flores tropicais e folhagens plantadas em uma área comum de pouco menos de meio hectare.

A produção está sendo comercializada para a floricultura Arte & Flores, uma das três existentes na cidade de quase 26 mil habitantes 25.925 mil, localizada a 139 km ao sul de Cuiabá. Nesse primeiro momento, a produção semanal é estimada em mil hastes de 12 variedades de flores e seis de folhagens.

As famílias de assentados participam do Projeto de Desenvolvimento de Agroecologia em Pequenas Propriedades da Região Sudeste de Mato Grosso, desenvolvido com apoio técnico do Sebrae/MT e da prefeitura da cidade, através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário e Meio Ambiente e implantado como uma alternativa de diversificar a produção e empregar a mão-de-obra das mulheres.

A entrega dos produtos será semanal e, tanto os agricultores, quanto a empresária Márcia Carla Turim Bernardes da Silva, estão muito confiantes no sucesso do negócio. Carla, que tem a floricultura há dois anos, destaca a importância de fazer uma ação social e dar sua contribuição para que o projeto tenha êxito comercial. Sem perder o foco do negócio, ela conta que, além das vendas de balcão, pretende trabalhar com assinatura de flores com empresas do município, sem falar que já está fazendo contato com seu fornecedor de flores temperadas de São Paulo para que compre flores de Campo Verde.

Assim, o caminhão que faz as entregas e volta vazio levaria esses produtos, reduzindo o custo do frete e atendendo uma demanda do mercado paulista. Por enquanto, a produção ainda não tem volume suficiente para isso, mas os primeiros passos já estão sendo dados.

O agricultor José de Oliveira, 54 anos, uma das lideranças do assentamento, destaca: “temos que deixar de ter a visão de plantador e passar a ter a visão de empresário. Temos que enxergar longe vendo novas possibilidades para o nosso negócio”, destaca, acrescentando que o projeto de flores tropicais foi “a coisa certa, no lugar certo, no momento certo”, diz José de Oliveira.

Ele lembra ainda que o pequeno produtor precisa dividir seu tempo em várias atividades para que a propriedade dê retorno financeiro, e as flores tropicais são uma cultura perene cujo manejo não é muito complexo nem exige muito. Além disso, o projeto de flores, segundo ele, resgatou os ideais de cooperação, união e igualdade, pregados por eles durante a luta pela terra.

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