De acordo com ele, as medidas não vão resolver todos os problemas.
? Temos que entender que o Brasil faz parte do mundo econômico ? disse, referindo-se à expectativa sobre a questão da dívida norte-americana, cuja definição é esperada para a próxima semana.
? Se o problema dos Estados Unidos não for resolvido, infelizmente terá reflexo para o Brasil.
Apesar disso, Castro considera que as medidas tomadas pelo governo federal estão no caminho certo.
? Elas reduzem significativamente a especulação cambial, que é feita a partir do exterior para o Brasil.
Segundo ele, alguns poucos exportadores que fazem operações de hedge (proteção) podem vir a ser tributados. Mesmo que isso ocorra, acrescentou, o ganho que eles devem ter com a desvalorização do real é muito maior do que a tributação.
? Mesmo que haja tributação, a empresa continua ganhando.
De acordo com o vice-presidente da AEB, as medidas não vão alterar as projeções feitas para a balança comercial brasileira este ano.
? O Brasil exporta 70% de commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional). E elas, hoje, não têm problema algum decorrente da taxa de câmbio.
Os preços dessas produtos se mantêm elevados no exterior e o Brasil “tira proveito da situação”.
O problema, apontou Castro, está nos produtos manufaturados. As medidas cambiais não terão impacto imediato em termos de aumento das exportações, porque esse segmento precisa de um tempo para “produzir, vender e embarcar.”
Pelas projeções da AEB, as exportações brasileiras devem somar US$ 244,56 bilhões este ano, com aumento de 21,1% em comparação aos US$ 201,91 bilhões registrados em 2010. Três commodities (minério de ferro, soja e petróleo) deverão seguir liderando as exportações do país em 2011.