? As indústrias não estão reajustando preços por causa da instabilidade do dólar, ao contrário, algumas estão até fazendo promoções. Não há interesse do setor em promover aumentos porque desacelera o consumo ? explicou.
O presidente da Apras afirmou que a expectativa de aumento nas vendas de alimentos traçada para o Natal de 2008 permanece em 10% em relação ao resultado verificado no ano passado.
Já a meta de venda de bens duráveis nos supermercados e hipermercados está sendo revista, devido ao crédito.
? Era também de 10% e trabalhamos agora com um crescimento entre 5% e 7% ? disse Muffato.
De acordo com ele, a queda da expectativa deixa claro que a crise é de liquidez, pelo menos nesse setor, que no ano passado movimentou cerca de R$ 8,5 bilhões no Paraná.
A Associação Paranaense de Supermercados tem 2,6 mil lojas filiadas em todo o Estado. O presidente da entidade lembrou que os importados, muito comercializados no final do ano, não devem ter preços ajustados porque a maioria dos estoques já está comprada.
? O que for adquirido de última hora não será suficiente para influenciar o mercado.
Segundo Muffato, é normal que em épocas de crise o consumidor atrele o aumento dos preços às condições do mercado. Mas, de acordo com ele, neste momento é um equívoco fazer essa associação.
? São aqueles aumentos sazonais de alguns produtos em época de entressafra, adversidades climáticas ? observou.
Ele citou alguns exemplos como a carne, que sempre tem preços reajustados no final do ano, quando a demanda é maior do que a oferta.
? O preço do feijão teve uma queda de 20% desde o mês de junho, o mesmo aconteceu com o leite e o óleo ? ponderou.