Associtrus mantém crítica e recusa Consecitrus

Presidente da entidade defendeu que produtores sejam indenizados por supostas perdas obtidas nos últimos 20 anos pelo processo de cartelização da indústriaO presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas, manteve nesta quarta, dia 11, as críticas às negociações entre indústrias e produtores para a criação de um conselho que determine novas regras de remuneração da laranja entregue às processadoras, cuja precificação atual é por caixa. Segundo Viegas, a Associtrus não tem pressa de aprovar o Consecitrus, como o conselho deve ser chamado.

O presidente da Associtrus reafirmou ainda a posição contrária às processadoras de suco e defendeu que os produtores sejam indenizados por supostas “perdas obtidas nos últimos 20 anos pelo processo de cartelização da indústria”, disse.

Pelas normas discutidas até agora para o Consecitrus, as decisões seriam tomadas por três representantes da indústria, representados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) e três dos produtores, um da Associtrus, outro da Federação de Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) e outro da Sociedade Rural Brasileira (SRB). Só que os produtores não conseguem consenso entre eles e admitem a desunião.

? Isso nós nunca escondemos ? afirmou Viegas.

Há 15 dias, a pedido da Faesp, uma reunião que deveria definir detalhes do Consecitrus foi adiada. Toda a negociação é intermediada pelo secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio. Ele é procurado pela Agência Estado há uma semana para falar como andam as negociações após o pedido da Faesp, mas não se manifestou.