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Ataque da podridão de carvão preocupa agricultor do RS

Doença surgiu com mais força nesta safra e os agrônomos alertam para que os produtores monitorem as lavouras para evitar prejuízos

Manaíra Lacerda | Carazinho (RS)

Os produtores de soja de Carazinho, no norte do Rio Grande do Sul, perderam 30% da safra por causa da podridão de carvão, doença causada por um fungo chamado Macrophomina phaseolina. O ataque é silencioso e ocorre debaixo do solo, nas raízes das plantas. Sem nenhum cuidado, a perda pode ser total.

O presidente do Sindicato Rural do município, Leomar Tombini, explica que a doença foi mais grave nas variedades precoces, que foram plantadas em outubro e que sofreram com o forte veranico registrado em janeiro.

– Nós temos, talvez, 10% da nossa área de abrangência que plantam variedades superprecoces, que inclusive já foram colhidas, e nós vimos o resultado deste problema. Os produtores perderam de 20% a 30% de produção por causa da Macrophomina. Não é normal que aconteça com a intensidade que se apresentou este ano. É claro que o agricultor vai ficar atento – comenta.

– Tudo que você puder fazer para ter uma raiz melhor, vai ter menos chance de ter Macrophomina. Hoje, não existe cultivar resistência, algumas apresentam resistência maior. É plantar bem, não entrar com o cultivo com solo úmido. Tudo que você puder agregar, ajuda – orienta o engenheiro agrônomo Fernando Neuls.

Em compensação, muitos produtores de Carazinho ganharam em produtividade por terem escolhido o manejo correto da ferrugem asiática. Nas aplicações, eles adotaram uma mistura entre fungicidas multissítios com os defensivos para o controle da doença e o resultado foi bem visto.

– Foi um ano de muita ferrugem aqui na nossa região, mas a gente vê que predomina um tom amarelado, que significa que a planta conseguiu terminar o seu ciclo e encher bem esse grão. A prática foi adotada por grande parte dos agricultores. Essa prática foi adotada por grande parte dos produtores, dentro da ideia de melhorar o desempenho dos fungicidas que já estão no mercado, oferece um bom controle, ajudando a preservar essas moléculas – explica Neuls.

A mistura do multissítio no manejo da soja aumenta os custos de produção em torno de R$ 160 por hectare, mas o investimento, mesmo que alto, pode valer a pena. Isso porque, segundo quem adotou esta prática, aumenta a produtividade em até 10 sacas por hectare. A colheita em Carazinho ainda está no início, mas a expectativa é de um rendimento médio de, aproximadamente, 60 sacas por hectare.

– Quem seguiu as orientações e fez tudo o que foi orientado, conseguiu ótimos resultados – lembra o presidente do Sindicato Rural do município.

Veja a reportagem:

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