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Atendendo demanda dos produtores, Senar-MT capacita mais de três mil trabalhadores por ano

Cursos de mecanização agrícola e manipulação de agrotóxcios são os mais procurados no Senar-MT. Em 2014, foram realizados 229 cursos que capacitaram quase três mil trabalhadores

Ricardo Cunha | Campo Verde (MT)

A qualificação de novos profissionais para o meio rural vem suprir uma constante queixa dos produtores de Mato Grosso. Somente em 2014, o Senar-MT atendeu mais de três mil trabalhadores por meio de cursos profissionalizantes.

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Na fazenda Guanabara, em Campo Verde, as máquinas já deveria colher soja, mas estão paradas por falta de operadores.

– O Mato Grosso cresceu mais que a população. Todo dia abre área no MT e a dificuldade que temos é essa daí. Tinha que abrir áreas e ter funcionários. O problema é que não tem funcionários suficientes. Temos que trazer de fora – comenta o produtor rural Vilson Paulo dos Reis.

Ele já trouxe mais de 40 profissionais do Paraná, para trabalharem na área de 10 mil hectares, onde cultiva soja e algodão. O operador de colheitadeira Adão Lopes dos Santos chegou há poucos meses no município. Veio do Maranhão em busca de oportunidade de trabalho.

– Está sendo muito bom de emprego, graças a Deus. Para mim o Mato Grosso é uma maravilha – comemora.

Nesta região faltam operadores de máquinas agrícolas, eletricistas e mecânicos. Mesmo com uma média salarial boa.

– Operador de máquina é R$ 3.000. Para fazer a manutenção de máquinas é R$ 6.000. E mesmo assim não conseguimos – comenta Reis.

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Os cursos de mecanização agrícola são os mais procurados no Senar-MT. Em 2014, foram realizados 229 cursos que capacitaram quase três mil trabalhadores. As aulas preferidas pelos alunos são de manutenção e operação de tratores, aplicação de agrotóxico com autopropelido.

– O diferencial do Senar é que a gente capacita o trabalhador na prática, utilizando as máquinas. O trabalhador tem toda a consciência de como funciona uma máquina e como ele deve proceder para garantir vida útil dessa máquina e melhorar o desempenho – reforça a gerente de Educação Profissional Rural do Senar-MT, Tatiane Perondi.

Na Agropecuária Jerusalém, em Água Boa, leste de Mato Grosso, 13 funcionários já participaram dos cursos do Senar-MT. Foram incentivados pelo agrônomo da fazenda Felipe Zmijevski, já que a região vive um processo de transição da pecuária para agricultura e faltam empregados.

– Acho que 100% dos funcionários já têm algum tipo de qualificação proposto pelo Snear. Alguns mais e outros menos. Dependendo da função, operador de autopropelido tem mais que um curso. Operador de agrotóxicos também – diz o agrônomo.

O funcionário da fazenda Edmilson Farias trabalha com o preparo de produtos químicos. Ele fez o curso de manipulação de agrotóxicos no Senar-MT e hoje não descuida do que aprendeu na hora de mexer com os defensivos.

– Antes, a gente não conhecia e nem sabia o que era agrotóxico. Depois do curso, abrimos a mente e aprendemos bastante – comemora Farias.

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A maior queixa de quem fez os cursos de qualificação é que a remuneração não melhorou.

– A gente ainda não tem um diferencial de salário para nossos funcionários, mas eu acho que o diferencial para ele é o reconhecimento que tem a oportunidade de se qualificar, tanto para a gente quanto para um futuro emprego – explica o agrônomo da Agropecuária Jerusalém.

O próximo objetivo do Senar-MT é criar um banco de dados de profissionais com qualificação para trabalhar em propriedades rurais. Basta o produtor ir ao Sindicato Rural de sua cidade e solicitar determinada mão-de-obra. Porém, o projeto está em desenvolvimento.

Clique aqui e veja o vídeo da reportagem.

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