Ato público deve bloquear BR-163, em Mato Grosso, nesta quinta

Protesto BR-163 Parada pela Vida chama a atenção para as péssimas condições da rodovia, onde 280 pessoas morreram em 2012Está marcado para as 14h30min desta quinta, dia 7, o protesto BR-163 Parada pela Vida, que deve bloquear a principal via de escoamento de grãos de Mato Grosso nos pontos de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso e Sinop. O movimento chama a atenção para as péssimas condições da rodovia, que causaram 1.247 acidentes em 2012 e resultaram na morte de 280 pessoas.

O ato público é promovido pela Associação Comercial e Industrial de Sorriso (Aces) e apoiado por lideranças políticas e industriais de Mato Grosso. De acordo com a presidente da Aces, Neiva Dalla Valle, são esperados mais de dois mil caminhoneiros, que devem efetuar o bloqueio da rodovia. Na área de Sorriso, serão colocadas mil cruzes em memória às vítimas do último ano.

A maior reivindicação dos produtores é a duplicação da BR-163 no trecho da região do Posto Gil ao município de Sinop. Segundo a líder da Aces, a rodovia está repleta de buracos e o congestionamento de caminhões dificulta o trabalho na região. Só a cidade de Sorriso, de acordo com ela, produz cinco milhões de toneladas de alimentos por ano, que precisam ser transportados.

– Se [a rodovia] for realmente privatizada, que isso seja feito. Não nos importamos em pagar pedágio, o que queremos é que esse problema, que faz vítimas fatais, seja resolvido logo – destaca Neiva.

Além da presença de associações, federações e produtores, estarão no local autoridades políticas como o senador Alvaro Dias, os deputados federais, Ronaldo Caiado e Carlos Sampaio, e os deputados estaduais Pedro Satélite, Dilmar Dal Bosco, Mauro Savi e José Domingos.

A logística é apontada como um dos maiores entraves para escoar a supersafra de grãos estimada para este ano no Brasil. A BR-163 permite o acesso das cidades produtoras de Mato Grosso ao Porto de Santarém, no Pará. Com as atuais condições da via, motoristas precisam desviar as cargas para os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), o que gera prejuízo econômico e congestiona outras regiões do país.