Baixas temperaturas afetam o desenvolvimento das plantas e trabalhos no campo devem se iniciar só em fevereiro
O Paraná plantou uma área de 5,2 milhões de hectares com soja, 3,7% menor que a anterior. Apesar desta redução, a expectativa de colheita é boa e o estado prevê colher algo em torno de 16,6 milhões de toneladas, pequeno recuo ante a anterior de 1,1%. Esta boa perspectiva de colheita esconde problemas vividos por alguns sojicultores do estado, que enfrentaram temperaturas frias durante o desenvolvimento das plantas, fato que atrasará o inicio da colheita.
Em Toledo, o clima agora está bom, mas durante a fase de desenvolvimento das plantas as temperaturas caíram demais na região e atrasou crescimento da soja. O presidente do Sindicato Rural do município, Nelson Paludo, que também é produtor de soja, explica que os agricultores da região, após receberem boas chuvas em setembro, apostaram em plantar logo após o vazio sanitário, adiantando um pouco esta tarefa, que normalmente se inicia no final do mês.
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“Enfrentamos alguns períodos de frio intensos, que atrasaram um pouco o desenvolvimento das plantas. O planejamento era a colheita iniciar no dia 10 de janeiro, mas com isso acreditamos que agora o deve começar só no começo de fevereiro”, conta Paludo.
A antecipação do plantio, segundo Paludo era para dar espaço ao plantio do milho segunda safra, ainda em janeiro. “O milho cultivado em janeiro rende uma produtividade maior que o plantado em fevereiro. E agora atrasou tudo. Então esperamos um volume pequeno de milho em janeiro”, diz o executivo.
Por fim, Paludo garantiu que a safra de soja foi boa, com baixas infestações de pragas e uma economia no uso de agroquímicos. “As pragas não atacaram muito não. Os produtores estão atentos a tudo, fazendo monitoramento e reduzindo as aplicações de agroquímicos e isso trouxe economia”, finaliza ele.
