Oleaginosa vai entrar no mercado mais tarde do que em 2014, apesar de não prever mudança no volume da produção em 2014/2015
O secretário-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Fabio Trigueirinho, destacou nesta terça, dia 16, que a soja vai entrar no mercado mais tarde do que em 2014, apesar de não prever mudança no volume da produção em 2014/2015 (aumento de 4% na exportação da soja em grãos).
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O motivo foi o atraso no plantio motivado pela irregularidade das chuvas em outubro. Segundo o secretário, isso se refletirá na logística e na concorrência.
– Vai atrasar um pouquinho a entrada, não tem como recuperar o atraso no plantio. Não vamos ter grandes volumes de exportação em janeiro e fevereiro por causa atraso da safra. Os Estados Unidos também estão com estoques elevados e devemos ter competição mais acirrada ao longo do ano. O Brasil vai estar ativamente competindo com os EUA – aponta.
Com relação à logística da safra 2014/2015, a perspectiva é positiva.
– Em 2014, já melhoramos a organização da logística, não tivemos tantas filas nos portos. Os novos corredores (do Arco Norte) são bons, porque distribuem melhor o escoamento. Os portos do Sul já estão praticamente no limite – comenta Trigueirinho.
Ele salienta que o aumento do escoamento pelo complexo portuário de Miritituba, no Pará, pode reduzir em até US$ 50/t o preço do médio de frete, que hoje alcança US$ 150/t no pico da safra para localidades mais distantes, dentro de alguns anos.
Para 2014/2015, Trigueirinho acredita, entretanto, em estabilidade do preço médio do frete ante o ciclo passado, mas ressaltou que isso depende da proporção que o Brasil internalizará a queda dos preços internacionais do petróleo.
Estadão Conteúdo