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Atraso no plantio da soja em MT leva produtores a reduzir a área plantada

Agricultores temem prejuízos no cultivo da safrinha de algodãoO atraso do plantio de soja em Mato Grosso está levando agricultores a reduzirem a área destinada ao grão. Eles temem que a demora do início do cultivo possa comprometer a safrinha de algodão.

Cerca de 1,8 milhão de hectares foi o espaço cultivado com sementes precoces e super precoces de soja em Mato Grosso, na última safra. Isso equivale a, aproximadamente, 30% de toda a área plantada com o grão no Estado. A estimativa era de que na safra 2010/2011 esta proporção fosse mantida. Mas após 15 dias do sinal verde para começar o plantio, o mais provável é de que a previsão sofra alterações.

Quem aposta no cultivo de soja precoce tem como meta plantar em janeiro uma safrinha de milho ou algodão. Só que manter este objetivo se torna mais arriscado à medida que o atraso do início do plantio avança. Por isso, já tem produtor pensando em rever os planos e mudar as estratégias para esta safra.

É o caso de Itor Cherubini, que pretendia plantar 1,2 mil hectares de soja em Campo Verde. Quinhentos hectares seriam cultivados com sementes precoces. A intenção era plantar algodão safrinha após a colheita da lavoura, porém, diante da falta de chuvas, teve que alterar o cronograma. Quarenta por cento da área que seria destinada à soja precoce não serão mais cultivados com o grão.

Cherubini vai priorizar o algodão, ampliando a área que começa a ser cultivada em dezembro com a pluma normal. Isso por conta dos preços favoráveis para a fibra, da venda de parte da produção antecipada e também dos riscos que correria caso deixasse para plantar algodão safrinha mais tarde do que o planejado.

Em outra fazenda, a situação é parecida. Depois de 158 dias de estiagem, o jeito foi rever o planejamento. Dos três mil hectares que seriam destinados à soja, apenas 2,6 mil serão cultivados. O restante será plantado com algodão, que começa a ser semeado em dezembro. A mudança dos planos só não foi maior porque a propriedade irá ampliar as apostas no algodão adensado, que permite que o plantio da fibra seja feito um pouco mais tarde.

As alterações das estratégias dos produtores são compreensíveis. Além da sinalização de preços favoráveis para o algodão, quem investe na safrinha da fibra teme as consequências que podem ser causadas pela demora do plantio. O risco de comprometer a produção aumenta significativamente. Estima-se que a cada dia de atraso as perdas possam chegar a até cinco arrobas por hectare.

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