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Atraso no plantio da soja pode reduzir 2ª safra de milho e de algodão

Regiões produtoras de Mato Grosso, Goiás, Maranhão e Bahia sofreram com a falta de chuva e podem enfrentar mudanças relevantes nos ciclos produtivos

Fonte: Pixabay

O atraso no plantio de soja em regiões produtoras de Mato Grosso, Goiás, Maranhão e Bahia, decorrente da falta de chuvas, não deve prejudicar a produção da oleaginosa, mas pode reduzir o potencial de produção de milho e algodão, disse nesta terça-feira, dia 7, o presidente da BrasilAgro, André Guillaumon.

“O atraso no plantio deve ter pouco efeito para a safra da soja, mas pode reduzir o potencial de produção da 2ª safra de milho e de algodão”, destacou Guillaumon em teleconferência sobre os resultados no primeiro trimestre fiscal de 2018. Ainda sobre a situação do plantio no país, o executivo afirmou que o excesso de umidade nas regiões mencionadas foi controlado desde a semana passada.  

Guillaumon comentou também a situação das lavouras argentinas, que também foram prejudicadas pelas chuvas. Com o alagamento das áreas atrasou a colheita do milho e também a entrada das máquinas para o cultivo da soja, que teve início há cerca de três semanas, disse o executivo. “O arranque da safra de soja na Argentina foi aquém do histórico para os últimos anos”, afirmou.   

O presidente da BrasilAgro avaliou ainda que a queda nas taxas de juros promovida pelo governo federal e a recuperação da economia tendem a levar a maior interesse de investidores por ativos brasileiros, como terras. “Com a recuperação da economia, é de se esperar reação nos preços das terras. Também precisamos de uma boa safra para dar maior liquidez ao mercado de terras”, disse Guillaumon.

Segundo dados apresentados na teleconferência de resultados, a valorização média das terras brasileiras nos últimos 12 meses variou de 1% (no Centro-Oeste) a 6,2% (no Sul do país).

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