Os pés estão carregados de uvas. E, nesta época, isso não é tão comum. No mês de dezembro, os produtores aproveitam as festas de fim de ano para vender a fruta. Mas, em 2013, foi diferente. Na propriedade de Odair Lourençon, em Jundiaí (SP), as frutas estão sendo colhidas somente agora.
– Fez muito frio até o final de outubro. O ciclo da uva em si atrasou. Então, a colheita está se estendendo. Não está entrando um volume grande no mercado de uma vez só, e o preço está se mantendo – afirma Lourençon.
Apesar do atraso na colheita, os produtores da região de Jundiaí afirmavam que nada se perderia no final de 2013. Com o atraso, o produtor ganhou mais qualidade na fruta e a safra deve se estender até a metade de fevereiro. Apenas 20% da produção foi colhida até o final de 2013 para atender o mercado.
– O preço pode e deve cair, porque em janeiro o preço sempre cai. Mas não é um preço que vá trazer prejuízo para o produtor, eu acredito – afirma Lourençon.
O presidente da Associação Agrícola de Jundiaí, José Jacob Carbonari, afirma que, com o atraso, a produção ficou melhor e mais bonita. E isso acaba se tornando atrativo por causa do verão.
– A uva niágara é um fenômeno. Qualquer fruta em excesso vai para a indústria ou é jogado fora. A uva não. Ela não tem esse problema. A niágara é só você baixar um pouquinho, e normalmente em janeiro abaixa, ela vai para outros mercados. Não tem problema nenhum – afirma Carbonari.
>> Leia mais notícias sobre vitivinicultura