Dificuldade na liberação de financiamentos para custeio se arrasta desde o primeiro semestre; Banco do Brasil orienta produtor a diminuir a burocracia
Manaíra Lacerda | Campo Grande (MS)
A dificuldade em acessar o crédito para custeio nesta safra parece não afetar os produtores do Mato Grosso do Sul. Segundo o superintendente do Banco do Brasil no estado, Evaldo Souza, o total de financiamentos realizados em julho deste ano é 202% superior ao mesmo período de 2014.
– Eu diria que estamos em um momento favorável. Se olharmos o mês de julho Mato Grosso do Sul, é destaque. Em julho, o crédito foi acessado 202% a mais que no ano passado – comenta.
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Já a Associação dos Produtores dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) contesta os números. Na avaliação do presidente da entidade, Almir Dalpasquale, o número só é alto porque os produtores não acessaram o crédito de pré-custeio, ainda no primeiro semestre.
– Quando a imprensa fala que o crédito acessado é maior em comparação ao ano passado é porque em julho todo mundo já tinha tomado seu recurso antecipadamente. O volume prometido está maior, mas o que chegou até o produtor ainda é menor – lembra Dalpasquale.
Dica para agilizar crédito
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O superintendente do BB pede que os produtores estejam planejados na hora de pedir um financiamento, tentar antecipar ao máximo a atualização cadastral para que o sistema do banco disponibilize o limite de financiamento.
– Tudo passa por um planejamento, fazer uma avaliação da sua área. É importante realizar a atualização cadastral, para análise do limite de crédito – orienta.
Juros mais altos
Sobre os juros mais altos que os divulgados, o superintendente do Banco do Brasil em MS lembra que o mix de crédito só existe em caso do produtor necessitar de financiamentos acima de R$ 1,2 milhão.
– [O mix] Depende muito do porte do produtor. Há um limite por CPF de até R$ 1,2 milhão. Se ele precisar de custeio para soja e milho, talvez ultrapasse esse limite. Mas nós estamos conseguindo atender a maioria dos produtores – afirma Souza.
Veja a entrevista do superintendente do BB em Mato Grosso do Sul:
