É o caso do produtor rural, Gilson Schumacher, que vive no interior de Morro Reuter (RS). A rede monofásica já chegou até a linha Cristo Rei, onde ele mantém seu aviário, contudo, a energia não é suficiente.
? A maioria do pessoal tem esse problema com energia elétrica. Até já fomos atrás para puxar a trifásica, mas não conseguimos. O jeito foi comprar um gerador, que custou R$ 23 mil ? contou Schumacher.
Devido a essa dificuldade, representantes de localidades do interior do Estado se reuniram nesta quarta, dia 3, em Porto Alegre, em uma audiência pública para buscar maneiras de melhorar a qualidade da energia elétrica no meio rural.
? Há duas décadas atrás, a energia elétrica era apenas luz elétrica na casa. Hoje, ela é um instrumento para o desenvolvimento da propriedade ? afirmou o secretário de Desenvolvimento Rural, Ivar Pavan.
Na audiência, o grupo de representantes entregou uma lista de reivindicações às companhias distribuidoras de energia. A própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aconselha o usuário a tomar esta atitude.
? Ele paga por esta energia e, no valor que ele paga, está embutida a qualidade desta energia. A Aneel define esses padrões de qualidade com as concessionárias de serviço público. Nos cabe fiscalizar o atendimento dessas condições ideais de fornecimento ? explicou o diretor-presidente da Agência, Nelson Hubner.