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Audiência pública ouve representantes de indígenas, quilombolas e agricultores

Encontro discutiu a política de regularização de terras indígenasAs comissões de Agricultura da Câmara dos Deputados e Senado Federal estiveram nesta sexta, dia 21, em audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul sobre política de regularização de terras indígenas. O objetivo foi ouvir as opiniões, sugestões e propostas de representantes de indígenas, quilombolas e agricultores.

A audiência foi coordenada pela senadora Ana Amélia Lemos, iniciou às 14h e teve duração de três horas e meia. Nesse período, deputados e representantes das comunidades manifestaram seus pareceres sobre as demarcações de terras para comunidades indígenas e quilombolas e os impactos causados no setor rural.

O encontro foi marcado pela presença de todos os lados da discussão e muitas vezes foram ouvidas vaias da plateia. Quilombolas, indígenas e agricultores concordaram que a solução precisa ser do governo, mas a discussão foi intensa em relação à forma como pode ser feita a análise das terras a serem desapropriadas e quem realmente terá o direito sobre elas.

Segundo deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP-RS), deve-se fazer justiça com os índios e com os seus direitos, mas sem prejudicar os agricultores, mesmo que se tenha que mudar a legislação para isso. O deputado estadual Gilberto Capoani (PMDB), afirmou que esta dívida não é dos produtores rurais, a dívida social é do Brasil.

? Não se pode cometer injustiça, pagar uma dívida e criar uma dívida ainda maior ? disse Capoani.

Para o deputado estadual Edson Brum (PMDB), o governo federal cobra impostos destas terras, fomenta a produção de alimentos e agora quer desalojar as famílias que trabalham para garantir o alimento da população.

?Temos que fazer justiça com os índios, mas não podemos criar injustiça com quem está a 200 anos trabalhando nessas terras ? afirma o deputado.

Agricultores, índios e quilombolas tiveram três representantes cada um apresentando suas opiniões na audiência. O preconceito racial surgiu em discussão diversas vezes, mas apesar das diferenças a grande maioria dos participantes concorda que o governo é que deve resolver o impasse.

? Respeito o território dos brancos, o pátio dos agricultores, porque eles pagaram por isso. Mas não posso aceitar se foi comprado em cima da minha terra, porque é contra a lei ? disse o representante indígena Francisco dos Santos.

De acordo com ele a culpa não é dos agricultores, é dos políticos que colocaram os produtores nas terras dos índios. A senadora Ana Amélia Lemos controlou os momentos de maior exaltação e afirmou que o governo tem a responsabilidade de ouvir todos os lados do debate com tranquilidade.

? Não é exatamente com o confronto que nós vamos resolver esse problema. É com o diálogo ? disse Ana Amélia.

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