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Agronegócio

Auditores agropecuários continuam trabalho, mas temem falta de equipamentos

As ações continuam e os servidores estão reforçando as medidas sanitárias para prevenção contra o Covid-19, mas o setor alerta que começam a faltar equipamentos de segurança

Auditores fiscais agropecuários
Foto: Anffa Sindical

A inspeção de fronteiras e frigoríficos continua sendo feita pelos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas) para garantir o abastecimento de alimentos e o funcionamento do mercado agropecuário brasileiro em meio à pandemia de Covid-19. No total, são cerca de 2,5 mil profissionais.

A Diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Ana Lúcia de Paula Viana, afirma que o fornecimento de alimentos de origem animal é essencial durante uma crise como a pandemia do novo coronavírus, já que o consumo de proteína por parte da população é necessário à saúde pública.

“Estamos mantendo todas as atividades de inspeção, fiscalização e certificação sanitária dos produtos de origem animal. Entendemos que essas atividades são essenciais para a manutenção da produção, do desenvolvimento e dos abastecimentos desses produtos. Nós temos uma responsabilidade com a saúde pública brasileira e devemos garantir que os produtos de origem animal cheguem à mesa dos brasileiros de forma segura”, disse Ana Lúcia.

De acordo com a direção do Dipoa, a atuação dos servidores é mantida, observando as precauções sanitárias necessárias para proteger os trabalhadores. Os Auditores que não estão no grupo de risco da doença mantêm suas atividades com um reforço nos procedimentos de higiene, além do uso de equipamentos de proteção como luvas e máscaras, quando disponíveis. Já os servidores no grupo de risco estão em regime de teletrabalho.

“Temos visto que as medidas sanitárias estão sendo bem recebidas pelos auditores e que eles estão cuidando uns dos outros para evitar a transmissão do Covid-19”, diz o diretor de Política Profissional do Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Antônio Andrade. 

Apesar de todos os esforços e cuidados, começam a faltar equipamentos de proteção individual. O Anffa Sindical acompanha a situação e já enviou um ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitando a compra e envio de equipamentos de proteção, como máscaras N95 e luvas.

“Há uma vigilância positiva por parte desses servidores na manutenção de suas atividades, mesmo com a falta de equipamentos de proteção. Os Affas sabem da importância dessa ação em tempos de crise e estão fazendo de tudo para que a população brasileira possa enfrentar a pandemia”, continua Antônio.

As reuniões, atividades de capacitação  estão sendo reprogramadas para quando a crise da pandemia  for resolvida. “As atividades de defesa agropecuária que têm impacto econômico, ou nas questões de abastecimento, saúde pública e prevenção da entrada de pragas e doenças não podem parar”, conta o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Guilherme Leal, sobre a fiscalização em fronteiras, portos e aeroportos.

Segundo o secretário, as unidades de Vigilância Sanitária têm um papel fundamental para impedir que novas pragas e doenças cheguem a um país já sobrecarregado pela pandemia. Além disso, também é função dessas unidades garantir que o produto brasileiro que será exportado siga as normas sanitárias internacionais. Em uma economia impactada pela crise, a exportação de produtos agropecuários é outra atividade que não pode parar.

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